“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.”(Hermann Hesse,escritor alemão 1877-1962)."[...] o historiador ao contrário do cientista, é duplamente propenso à fraqueza e à fragilidade da memória humana. Entretanto, a maior parte da obra do historiador consiste em identificar a verdade, aquilo que é falso e aquilo que é provável." Pois o tempo é parte integrante de seu objeto, é uma ciência em marcha. “Para permanecer uma ciência, a História deve se mexer, progredir; mais que qualquer outra, não pode parar.” (Marc Bloch).
Sentir-se bem, eis o sentido da vida. Tomemos como base a seguinte afirmação: Filosofo é todo aquele que ama a sabedoria, que tem amizade ao conhecimento. Partindo desse pressuposto, então quem é o historiador? O que é um historiador? Para que serve um historiador? A historia é mesmo uma Ciência? Para quê serve então? Se você, assim como eu, já parou para refletir sobre isso, então percebeu que a maioria das perguntas acima são incógnitas paradoxais, cada solução gera um novo questionamento.
Se você é estudante ou já se graduou no curso de história, possivelmente algum conhecido seu já o questionou, sobre quem construiu as pirâmides? Como Cabral “descobriu” o Brasil? Ou a clássica pergunta: você sabe da história do Mundo todo? Bem, como já foi possível perceber, sou melhor em perguntar do que em responder... Mas saiba que a História é um processo e não um fim, é a viagem não o destino... Saber aonde você quer chegar é mais importante do que como você fará o percurso.
Viver é melhor que sonhar! Porém responda: O que seria da vida sem que pudéssemos, mesmo que às vezes, imaginar como tudo poderia ter sido diferente ou que os momentos marcantes pudessem se repetir, só mais uma vez?
Bem, a história não traz repetições de fatos ocorridos, fielmente com o vivenciado. Como em uma 'máquina do tempo' dos filmes de ficção, não tem a capacidade de alterar os inúmeros erros humanos, mas talvez se a tivesse não seria tão fantástica, tão fascinante, tão enigmática. Em síntese, a história poderia ser "a ciência do tempo e da mudança, colocando a cada instante delicados problemas para o historiador”. Bem como, é possível que a verdade buscada seja também tão indescritível, inexorável, inacreditável, impronunciável que poderiamos 'passar por ela, sem que a percebessemos, pois verdade é tudo aquilo que o indivíduo quer acreditar'.
Desse modo, o historiador (aquele que "produz" a História) deve ter o "espírito crítico", pois segundo Bloch "(...) o historiador ao contrário do cientista, é duplamente propenso à fraqueza e à fragilidade da memória humana. Entretanto, a maior parte da obra do historiador consiste em identificar a verdade, aquilo que é falso e aquilo que é provável”.
Para o historiador "toda história é escolha" (FEBVRE: 1989,19), pois o historiador cria os seus materiais, ou se quiser, recria-os. Em outras palavras, o historiador parte para o passado com uma intenção precisa, um problema a resolver, uma hipótese de trabalho a verificar.
Nesse sentido, Lucien Febvre enfatiza, em seu legado intelectual, a importância e, não obstante, a necessidade de uma história engajada, que compreende e faz compreender, isto é, uma ciência humana constituída por fatos e textos, capazes de questionar e problematizar a existência humana…
Se aceitarmos que a História começa com a busca pela verdade e sua reflexão, então se realmente acharmos à verdade, verdades, a História corre o risco de acabar? Pois assim todas as perguntas teriam resposta? Então o que seria do historiador? Nesse sentido Fukuyama estaria certo.
Para você o que é a História? E qual o papel social do historiador? Ajude-nos a descobrir que História é essa?!
E você? Que achou do texto? Poste seu comentário. Obrigado!
Marcos Fábio Teixeira Lopes
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