sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dia da Consciência Negra


Como pensar em uma consciência pautada em valores étnicos? Quem é o negro no Brasil hoje?
O que significa verdadeiramente o dia da consciência negra?E para você o que esta data representa? Mais um feriado? Uma data comemorativa? Dia de comemoração ou de afirmação de uma luta historicamente construída?

O que pensar a respeito do tema, se este debate nem se quer é travado entre aqueles que se encontram no ensino "Superior", como no caso da nossa universidade (Universidade Estadual Vale do Acaraú) que não produziu nenhuma ação referente a data do dia 20 de Novembro. Não estamos aqui nos referindo as manifestações pautadas em uma visão folclórica e caricata do negro, que reduz o dia da consciência negra a alguns estereótipos. Como se o que devêssemos saber e valorizar na cultura negra fosse somente o samba, a capoeira e a feijoada.
O que é mais lastimável, é que nem nos cursos da área de humanas de nossa universidade, como no caso do nosso curso de História, foi feito nenhum debate a cerca desse tema primordial a uma análise acerca da história de nosso país, e que demanda uma reflexão nossa, enquanto historiadores e sobretudo enquanto sujeitos sociais. Isso mesmo com a lei 10.639 tão latente em seus debates, do mesmo modo ainda distante de ser posta em prática. Será que a falta de debates acerca da temática não corrobora com esta deficiência na atuação dos docentes de história?
Acho que devemos repensar como estamos encarando nossa formação acadêmica, se estamos preocupados apenas com uma ensino conteudista e num canudo que pretensamente ateste este formação, ou se estamos querendo uma formação que seja verdadeiramente humana, em todos os sentidos e esferas que este termo abrange?!

Salve Zumbi dos Palmares! Salve o Ilê Aiyê! Salve o Teatro Experimental do Negro!Salve Dragão do Mar! E salve todos aqueles que lutaram pelos negros e negras do Brasil!

3 comentários:

Anônimo,  22 de novembro de 2009 às 15:50  

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras.A charge acima retrata bem este ditado popular e a situação pela qual passa milhões de brasileiros afro-descendentes no nosso país.Apesar de ter melhorado um pauco a vida dos negros aqui no Brasil, o nosso país ainda tem uma grande dívida com essa enorme parcela da população brasileira que foi primordial para o seu crescimento.
Francisco Antonio

Marcos Fábio 26 de novembro de 2009 às 23:16  

Bem, como professor é de fundamental importância s que os alunos saibam o motivo histórico do dia da consciência negra.Como projeto de historiador,analiso que obras como "Casa Grande e Senzala" e "Sobrados e Mucambos", so reinteram este espírito de- eu não sou racista, mais que todo preto é pobre,drogado e f..., ah isso é-então neste caso, entendo o sociólogo pernambucano escrevendo para homens de seu tempo, porém é se suma importância trazer estas obras e tantas outras para o seio da escola, e problematizá-las, para desconstruir esta idealização, de democracia racial, de igualdade perante a lei, enquanto sujeitos históricos é nossa função/dever incitar ao debate e analisar o papel do negro na história.

Jane Santos,  8 de dezembro de 2009 às 23:01  

O preto em mim

"Todo preto é pobre, drogado e f..."
O F pode ser fedorento, fodido, filho de uma mãe ruim.
Mas pode ser também fantástico, firmado numa sociedade aberta
Sem caras tortas, sem cotas, sem discursos da boca fora
Sem argolas de ferros nas pernas
Nos braços, no peito, na mente.
Basta não sermos dementes.
Basta cada um ser humano além das ciências
Basta que cada um veja
que o preto, que o branco
o vermelho, o azul
Colorem a aquarela, e sem elas
O céu fica nu.
A estrela não tem brilho, a árvore resseca.
Não precisa mais discutir...
o que se deve fazer é só ver
que todos somos humanos... de cor, sem cor
todos cheios de amor pra dar, pra vender fiado e nunca receber o trocado
A História é o poema que nós escrevemos
Com nossas mãos ou nossa multimídia
Não esperemos que outros nos digam o que fazer
Se eles não agem nem mesmo dão dicas
Vamos seguir nossas vidas
Cada um sendo humano e fazendo a parte que deve
Ou seja.... ver o outro como a si mesmo.

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